O sonho da casa própria cada vez mais distante: como os juros altos afetam a classe média
Adquirir a casa própria sempre foi um dos principais sonhos de consumo dos brasileiros, especialmente para a classe média, que depende do financiamento imobiliário para tornar esse objetivo uma realidade. No entanto, 2025 promete ser um ano desafiador para quem deseja comprar um imóvel.
A combinação de juros elevados, inflação acima da meta e a retração do crédito imobiliário está tornando esse sonho cada vez mais distante. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos com recursos da poupança devem recuar entre 15% e 20% neste ano, totalizando cerca de R$ 155 bilhões. Essa será a terceira maior queda da história do setor, atrás apenas dos anos de 2015 e 2016, marcados por uma forte recessão econômica.
Neste artigo, vamos explorar os principais fatores que estão dificultando a aquisição de imóveis para a classe média e como esse cenário impacta o mercado imobiliário.
Nos últimos anos, o mercado imobiliário experimentou um crescimento impulsionado pela taxa Selic em patamares baixos. Em 2020, a Selic chegou ao seu menor nível histórico de 2% ao ano, o que incentivou o crédito imobiliário e aqueceu as vendas de imóveis. Entretanto, a partir de 2021, a Selic voltou a subir, e em 2025 a previsão é que atinja 15%, o maior patamar desde 2006.
Essa alta tem um efeito direto sobre o financiamento imobiliário. Com taxas de crédito cada vez mais caras, as parcelas dos financiamentos se tornam mais pesadas, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores. Em dezembro de 2024, os juros do crédito imobiliário de mercado já estavam em torno de 18% ao ano, tornando o acesso ao financiamento ainda mais restrito.
Outro fator que agrava a situação é a fuga de recursos da poupança. Com o aumento da Selic, investidores buscam alternativas mais rentáveis, retirando dinheiro da caderneta de poupança, que financia grande parte dos créditos imobiliários. Entre 2021 e 2024, os saques superaram os depósitos em R$ 209 bilhões, reduzindo a disponibilidade de recursos para novos financiamentos.
O resultado é um mercado mais restritivo, com condições de crédito mais duras e um volume menor de unidades financiadas. Em São Paulo, por exemplo, o estoque de imóveis novos financiados com recursos da poupança caiu 31% em 12 meses, segundo dados do Secovi-SP. Essa queda reflete o desaquecimento do setor e a dificuldade crescente da classe média para adquirir um imóvel.
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Fonte:
https://blog.kenlo.com.br/juros-altos-mercado-imobiliario-classe-media-2025/
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